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Por que existem auditorias internas, de segunda e terceira parte?

6 junho, 2017

Há muitos anos, quando os Sistemas de Gestão de Qualidade começaram a ser padronizados, acreditava-se que a avaliação e homologação realizadas por um organismo certificador seriam suficientes para a manutenção destes sistemas. Essas auditorias realizadas por estes organismos certificadores eram denominadas “Auditorias de Terceira Parte”, onde a empresa certificada arcava com os custos de implementação do sistema e avaliação pelo organismo certificador. Os clientes ficavam tranquilos por estarem comprando de uma empresa certificada.

Essa prática mostrou que as coisas não saíram exatamente do jeito planejado. Os Organismos Certificadores, por atenderem indústrias dos mais variados processos, tornaram suas atividades mais generalistas. Suas avaliações buscam evidências de conformidade do sistema, de forma amostral, mas sem o conhecimento de pontos-chave específicos de cada processo. O resultado disso foi que, mesmo uma empresa sendo certificada, muitos gaps em pontos específicos eram ignorados e o resultado real da qualidade dos produtos ficou ainda aquém das expectativas.

O jeito foi complementar esse trabalho de certificação com auditorias feitas por clientes, as quais denominamos “Auditorias de Segunda Parte” e auditorias internas e escalonadas, feitas como atividades de análise crítica do sistema.

As Auditorias de Segunda parte consistem na visita de um auditor do cliente, utilizando norma específica daquele cliente, com experiência e conhecimentos específicos daquele tipo de processo. Desta forma, cada cliente aponta seus principais pontos de preocupação, foca nas melhorias que julga necessárias e ajuda o fornecedor a evoluir ou até a padronizar seus processos conforme a cultura daquele cliente. É quase uma “consultoria” gratuita…

As auditorias internas têm muito a ver com a disciplina imposta pelo Representante do Sistema da Qualidade. Elas podem ser feitas por auditores internos, profissionais treinados para tal e que têm grande conhecimento dos detalhes daquele processo. Também podem ser feitas de forma ”escalonada”, onde os gestores e diretores vão ao shopfloor avaliar a conformidade das coisas. Os resultados destas atividades devem, obrigatoriamente, ser apresentados em reuniões periódicas de Análise Crítica do Sistema, com a presença do Top Management, sempre com o objetivo de promover a Melhoria Contínua.

É sempre importante lembrar que estas atividades não são mutuamente excludentes, pelo contrário, elas complementam-se umas às outras, levando o resultado da qualidade ao nível de excelência.

 

Texto escrito por Alexandre Tavares, professor de Engenharia pela Universidade Anhembi Morumbi, Engenheiro Mecânico com mais de 15 anos de experiência na área de Qualidade na Indústria Automotiva e certificado como Engenheiro da Qualidade pela American Society for Quality.

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